
Vivia sozinha. Falava pouco, via de mais.Olhava o que queria, o que não queria, sentia, chorava. Não era notada, nem esquecida. Ela era uma menina pequena que cresceu. Ela sentia a dor dos outros, via a tristeza nos olhos dos estranhos, que sem destino, andavam pelas ruas. Os anos foram se passando alguns mais rápidos do que outros. Foram dias de chuva, dias de sol, dias sem cor. A menina foi aprendendo a dar um passo de cada vez, pequenos. Aprendeu a andar sem pressa, ela sonhava que um dia tudo iria acontecer. Procurava desvendar os mistérios que vinha dos corações, do seu. Tinha medo de se entregar ao amor, mas acreditava nele, fechava os braços quando o mesmo vinha abraçá-la. Tão inocente, teve que acordar para a realidade, não podia mais viver de sonhos. Deixou de lado tudo que aprendeu até aqui, deixou guardado numa caixinha. Hoje, ela duvida de sentimentos e vive sem palavras doces em seu cotidiano. Ela se tornou amarga, se fosse doce enjoava. Ela continua andando, mas dessa vez com passos largos porque tem pressa, pressa de ser feliz.
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